ENTRE A PRAGMÁTICA LINGUÍSTICA E A HERMENÊUTICA FILOSÓFICA: HEGEL E OS DESAFIOS DE UMA ESTRUTURAÇÃO LINGUÍSTICA DA EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.20911/21769389v44n138p131/2017Palavras-chave:
Linguagem. Epistemologia. G.W.F Hegel. Pragmática. Dialética. Hermenêutica / Language. Epistemology. G.W.F. Hegel. Pragmatics. HermeneuticsResumo
Resumo: Gostaria aqui de contribuir tanto à compreensão das concepções de Hegel acerca da linguagem, quanto para uma apreciação da interlocução entre estas concepções e alguns desenvolvimentos na filosofia pós-hegeliana. O tema mais geral consiste em evidenciar os esforços de Hegel para estabelecer uma relação intrínseca entre experiência e linguagem. Primeiramente, tomando como ponto de partida questões diretivas da epistemologia moderna, gostaria de compreender traços da concepção hegeliana de linguagem no contexto de uma tematização intersubjetivista da validade objetiva (1). Em segundo lugar, gostaria de refletir sobre a relação entre metafísica inferencial e cognição (2). Finalmente, depois de tentar respaldar a tese de que Hegel antecipa a questão de uma tensão entre o gramatical e a historicidade do léxico (3), mostro como a conexão entre a guinada ontológica na hermenêutica e a doutrina hegeliana da sentença especulativa conduz à experiência do incabamento linguístico do sentido poético (4).
Abstract: The paper a|empts to examine Hegel's comprehension of language and evaluate its relation to some themes in contemporary philosophy. The main target consists in pointing out Hegel's attempt to account for the linguistic structure of experience. To begin with, I consider Hegel's comprehension of language in an epistemological context as an effort to ground intersubjective justification of objective validity. Then I discuss the relation between cognition and inferential metaphysics. Finally, after arguing that Hegel anticipates the tension between grammar and lexical historicity, I attempt to show how the connection between the ontological turn in hermeneutics and Hegel's idea of the “speculative sentence” leads to the experience of unfinishedness of poetic meaning.