RESSURREIÇÃO NA MORTE OU NO “ÚLTIMO DIA”?: O ESTADO INTERMEDIÁRIO NO DEBATE ESCATOLÓGICO DO SÉCULO XX
DOI:
https://doi.org/10.20911/21768757v49n3p653/2017Resumo
Este artigo trata do tema que movimentou o debate escatológico cristão no século XX: o estado intermediário. A crença na existência do estado intermediário, enquanto situação pós-mortal que subsiste entre a morte e a ressurreição, faz parte do patrimônio teológico católico, luterano e oriental. No entanto, alguns teólogos protestantes e católicos do século XX criticaram a escatologia intermediária (estado intermediário, purgatório, existência de uma alma separada do corpo etc.) porque compreendiam-na como fruto de uma helenização da fé cristã. Desta forma, com o escopo de deshelenizar a fé cristã e restituir-lhe a fontalidade bíblica terminaram por defender a redução dos eventos escatológicos ao momento da morte (ressurÂreição, parusia, juízo etc.). Esta tese suscitou, por falta de fundamentação bíblica e na tradição teológica, a reação crítica de alguns teólogos e de documentos da Igreja Católica. No subsolo deste debate escatológico está um elemento irrenunciável para a teologia: a existência de um princípio espiritual, que garante a continuidade e a identidade entre o sujeito da existência histórica e da definitiva, que subsiste entre a morte e a ressurreição.
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