O VIDENTE AMÓS E A POLÍTICA: NEOASSÍRIOS E ARAMITAS NO QUADRO POLÍTICO DOS PROTESTOS EM ISRAEL NORTE NO SÉCULO VIII A.E.C.
DOI:
https://doi.org/10.20911/21768757v53n2p441/2021Resumo
A questão da origem camponesa de Amós tem situado o debate acerca da sua atuação em torno das explorações econômicas pelas elites governantes, deixando pouco abordadas no seu livro as disputas de autoridades institucionais do antigo Israel. No contexto histórico interno, encontram-se a abertura das fronteiras e a fluidez das identidades resultantes das relações diplomáticas israelitas iniciadas no século IX no período da dinastia omrida. Por um lado, isso levou ao desenvolvimento econômico em Samaria, a capital; por outro, resultou no empobrecimento de grupos sociais produtivos do setor rural, por causa da alta tributação da terra e da produção. No contexto regional, o início do processo de provincialização no sul do Levante Operado pelo império neoassírio somou-se aos conflitos de fronteiras entre Israel Norte (“Reino do Norte”) e Aram-Damasco, o que refletiu na economia e agravou a crise política israelita. Em perspectiva, o corpus profético projeta uma visão de mundo política: as decisões do rei devem contemplar os benefícios aos pequenos produtores e comerciantes excluídos das grandes rotas comerciais. Metodologicamente, realizaremos uma operação historiográfica comparativa, porque analisaremos fontes bíblicas e extra-bíblicas contemporâneas às representações literárias proféticas do Livro de Amós. Nossa pesquisa pretende concluir que a atuação de Amós e o que ele representa historicamente se encontram vinculados inicialmente a essa conjuntura político-econômica internacional.
PALAVRAS-CHAVE: Profeta Amós. Antigo Israel. Assíria. História política. Memória cultural.
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