DOS POBRES À “VISIBILIDADE ECLESIÁSTICA”?
Resumo
Há muitas maneiras de lembrar uma data histórica. Em perspectiva saudosista, por exemplo. Bons velhos tempos, quando havia entusiasmo para lutar por idéias, princípios e práticas. Tempos de conflitos que davam sentido à vida, possibilitavam qualificar as pessoas e os grupos, identificar amigos e inimigos. “Este é da libertação, aquele conservador...” E os rótulos não eram luxo dispensável. Aderir ao primeiro grupo podia significar prisão, tortura, morte. Pertencer ao segundo podia levar consigo promoção, influência, poder. Na Igreja e na sociedade. Saudade de Puebla significaria lamentar que tenha acabado a efervescência característica dos anos 70-80. Seria entristecer-se por uma juventude que não vai à guerrilha para mudar a sociedade nem adere a marchas e movimentos, mas se preocupa com roupas de grife, se interroga sobre técnicas para melhor desempenho sexual, sonha com dinheiro fácil.Â
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