O filosofar, a partir da contraposição entre Aristóteles e Nietzsche

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20911/25260782v10n1p38/2025

Resumo

O objetivo deste trabalho é refletir sobre a contemplação filosófica (theoría), a partir da contraposição existente entre a noção aristotélica acerca do “filósofo” e a perspectiva nietzschiana sobre a “vida”. Para tanto, são selecionados trechos dos Livros I e IV da Metafísica, do Livro I da Ética a Nicômaco de Aristóteles, em especial aqueles que apresentam a “contemplação” como a característica do “filósofo” e a condição para que esse possa ser “livre” (autárkeia), e das obras nietzschianas O nascimento da tragédia, A filosofia na época trágica dos gregos, Sobre verdade e mentira no sentido extramoral, A gaia ciência e Genealogia da moral, em especial aqueles que apresentam o valor da “vida” e a crítica ao filosofar enquanto uma atitude movida pela “crença” no “além” da vida. Segundo Nietzsche, a contemplação filosófica, tal como foi descrita por Aristóteles, é movida por um grande erro, a crença na “verdade”, o que a torna uma atitude que nega a vida. Este trabalho propõe que a crítica nietzschiana à contemplação filosófica pode servir para refletir sobre a atitude filosófica, na medida em que viver e filosofar parecem entrar em contradição.

Palavras chave: Nietzsche. Aristóteles. Contemplação. Filosofia. Vida.

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Publicado

2025-09-24

Como Citar

Oliveira, B. C. de. (2025). O filosofar, a partir da contraposição entre Aristóteles e Nietzsche. Annales Faje, 10(1), 38. https://doi.org/10.20911/25260782v10n1p38/2025