Nó(s) entre Nietzsche e Foucault: As an(danças) da coletividade
DOI:
https://doi.org/10.20911/25260782v10n1p104/2025Resumo
Este trabalho busca evidenciar, analisar e refletir a partir do entrelaçamento entre Friedrich Nietzsche e Michel Foucault elementos para pensar a constituição de uma coletividade. Para tal, usaremos como aporte teórico de primeira grandeza O Nascimento da Tragédia (1872) e Assim Falava Zaratustra (1885), A Hermenêutica do sujeito (1982) e A coragem da verdade (1984). Ademais, teremos em conta as experiências coletivas do filósofo francês na Tunísia, no Groupe d’Informations sur les Prisons (GIP), na Revista Gai Pied e na Revolta Iraniana. Buscaremos também esboçar o elemento coletivo nos rituais dionisíacos em seu caráter de agrupamento e à sua importância para a pólis, atrelado à crítica nietzschiana do sujeito moderno. E, ainda, trataremos das relações de Zaratustra com os personagens encontrados nas suas (an)danças. Por conseguinte, demonstraremos a interconexão foucaultiana entre a constituição de si, dos outros e do mundo. Refletiremos que o nó(s) entre Nietzsche e Foucault é acontecimento e trabalho de si sobre si na relação com os outros na produção de uma vida outra em um mundo totalmente outro. É, portanto, por essa via que caminharemos, tendo em vista relevar a centralidade da alteridade transformativa.
Palavras-chave: Alteridade. Coletividade. Crítica do sujeito.