Gênio e Bildung a partir de um estudo do capítulo “Da alma dos artistas e escritores” na obra Humano, Demasiado Humano

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DOI:

https://doi.org/10.20911/25260782v10n1p224/2025

Resumo

Este estudo tem como principal objetivo analisar a relação que Friedrich Nietzsche (1844- 1900) estabelece entre Bildung e sua concepção de gênio artístico no capítulo “Da alma dos artistas e escritores”, presente na obra Humano, demasiado humano. Na obra, o discurso sobre a genialidade reflete o afastamento de Nietzsche das tendências românticas de sua juventude, com destaque para as influências recebidas de Arthur Schopenhauer (1788-1860) e Richard Wagner (1813-1883). Agora, o filósofo apresenta uma abordagem que enfatiza os aspectos formativos inerentemente humanos em detrimento da crença em uma condição inata ou sobrenaturalmente privilegiada do gênio. Além disso, ele considera que o fim da arte não reside apenas na obra artística em si, mas em um incessante exercício criativo. Mais do que se tornar um mero produtor de obras de arte, o artista deve buscar ser uma obra de si mesmo. Toma-se como meta a definição da compreensão de Bildung, que, segundo o pensador alemão, não se limita à mera aquisição de conhecimento, mas envolve um processo de autotransformação e um cultivo interior. Noutros termos, refere-se ao desenvolvimento pessoal contínuo de modo integral, não apenas intelectual. Intenta-se, também, averiguar como a Bildung, concepção com a qual Nietzsche se compromete e desenvolve desde seus primeiros escritos, aplica-se ao processo formativo do indivíduo a quem se atribui a genialidade. Segundo o texto analisado, deve-se ter em mente que é a verdadeira Bildung de indivíduos sérios e dedicados que lhes propicia a habilidade para a realização de feitos admiráveis.

Palavras-chave: Formação. Gênio. Arte.

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Publicado

2025-09-24

Como Citar

Fonseca, R., & Toledo, R. (2025). Gênio e Bildung a partir de um estudo do capítulo “Da alma dos artistas e escritores” na obra Humano, Demasiado Humano. Annales Faje, 10(1), 224. https://doi.org/10.20911/25260782v10n1p224/2025