Ainda as indulgências: implicações ecumênicas
DOI:
https://doi.org/10.20911/21768757v57n2e05968/2025Resumo
O jubileu é uma bela oportunidade para refletir sobre as implicações do perdão, da reconciliação, e da esperança. Ao mesmo tempo, continua carregando consigo, desde o primeiro jubileu de 1300, o cada vez mais incômodo conceito e a aparentemente ultrapassada prática das indulgências. Foi justamente esta que criou as 95 teses de Martim Lutero, propondo um debate que, ao ser refutado e excomungado seu autor, resultou na separação de caminhos e no surgimento de igrejas novas que reclamavam para si estar em melhor sintonia com a Sagrada Escritura do que a igreja existente. Não se trata de um dogma nem de uma doutrina de alta importância na hierarquia das verdades, e de uma prática provavelmente cada vez menos compreendida pelo povo católico. Continua, no entanto, incomodando as relações ecumênicas. Baseada em documentos do magistério e abordagens teológicas católicas e evangélicas, o presente artigo reflete, inicialmente, de forma mais ampla sobre o jubileu ordinário atual e seu antecessor de 2000, traça uma análise da bula do papa Francisco, destaca questões críticas do debate sobre as indulgências e apresenta uma visão luterana do tema para, concluindo, conduzir uma conversação ecumênica destacando o potencial caráter terapêutico da igreja, enquanto não vê espaço para indulgências na teologia e igreja atuais.
Palavras-chave: Ecumenismo. Indulgências. Penitência. Martim Lutero. Jubileu 2025.
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