Esperança que não decepciona!

Resumo

O convite lançado pelo Papa Francisco (2024) para sermos Peregrinos de Esperança, no contexto do Jubileu proclamado pela Bula A esperança não decepciona, retoma um tema fundamental da tradição judaico-cristão, a ser continuamente revisitado pela reflexão teológica. O contexto literário do lema bíblico, extraído de Rm 5,1-5, oferece pistas para se entender a atualidade da expressão paulina. A fé (pístis) gera comunhão profunda com Deus; vivida em meio a tribulações, faz nascer a perseverança, alimentada pela esperança (elpís), que não frustra, dado que o amor (agápe) divino está presente no mais íntimo de cada ser humano, pela ação do Espírito Santo dado a cada pessoa de fé. Portanto, a esperança não decepciona, quando acompanhada da fé e da caridade com sua capacidade de criar um estilo de vida carregado de dinamismo, mesmo em contextos adversos, nos quais a tentação de capitular em face da maldade se constitui em armadilha, mesmo para os mais fortes (...)